Criadores de gado bovino, equinos, caprinos e ovinos devem ficar atentos à transmissão de raiva nos animais

Os
criadores de gado bovino, além de equinos, caprinos e ovinos (bois,
cavalos, cabras e ovelhas) devem ficar atentos à transmissão de
raiva. Na semana passada, a cidade de Rodeio, no Alto Vale do Itajaí
confirmou que cinco animais contraíram o vírus da raiva e
precisaram ser abatidos. A doença ressurgiu no Vale depois de cinco
anos. O vírus é transmitido através de contato e pela saliva.
Desta forma, fica o alerta quanto ao transporte de animais, que
durante o percurso podem contrair a doença. Além disso, é
importante que todos tenham a vacinação em dia.

O médico
veterinário da Prefeitura Municipal de Nova Trento, Sérgio Roberto
Badinelli e a médica veterinária da Companhia Integrada de
Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Marina Bolzani
Saad destacam que a vacina é o melhor remédio para prevenir esta
doença nos animais. “Duas doses são recomendadas, uma vez por
ano”, destaca Marina. Exames clínicos – quando se observam os
primeiros sintomas, são a paralisia dos membros posteriores, aumento
da salivação e o animal caminha com os cascos arrastando no chão –
demonstram que os animais estejam com raiva. Se detectado, o animal
deve ser sacrificado, pois o tempo de vida é de no máximo três
semanas.

“A
raiva é uma doença que, uma vez contaminando os animais, fatalmente
os levarão a morte, podendo contaminar os seres humanos, que terão
o mesmo destino. A vacinação é importante, para evitar o início
de um foco de raiva”, explica Sérgio Roberto Badinelli. Mais
informações sobre estes casos e as medidas preventivas que podem
ser tomadas, com o médico veterinário na Secretaria de Agricultura
e Meio Ambiente, ou pelo telefone: (48) 3267-3280.

Sobre
a Raiva

A raiva
(também conhecida impropriamente como Hidrofobia), é uma doença
infecciosa que afeta os mamíferos causada por um vírus que se
instala e se multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no
sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde
se multiplica e propaga. Por ocorrer em animais e também afetar o
ser humano, é considerada uma zoonose.

A
transmissão dá-se do animal infectado para o sadio através do
contato da saliva por mordedura, lambida em feridas abertas, mucosas
ou arranhões. Outros casos de transmissão registrados são a via
inalatória, pela placenta e aleitamento e, entre humanos, pelo
transplante de córnea. Infectando animais homeotérmicos, a raiva
urbana tem como principal agente o cão, seguido pelo gato; na forma
selvagem, esta se dá principalmente por lobos, raposas, coiotes e
nos morcegos hematófagos. 80% dos casos registrados são em
carnívoros.

Mesmo
sendo controlada nos animais domésticos em várias partes do mundo,
a raiva demanda atenção em razão dos animais silvestres. Em saúde
pública gera grande despesa para seu controle e vigilância, mesmo
nos locais onde é considerada erradicada ou sob controle, já que é
uma doença fatal em todos os casos que evoluem para a manifestação
dos sintomas. Até 2006, apenas 6 casos de cura entre humanos foram
registrados, dos quais 5 haviam recebido o tratamento vacinal e
somente um, em 2004, parece não haver recebido estes cuidados.

Sua
incidência é global, salvo em algumas áreas específicas em que é
considerado erradicado, como a Antártida, Japão, Reino Unido e
outras ilhas. A transmissão se dá pela saliva do animal infectado
para o sadio.

Fonte:
Wikipédia – A enciclopédia livre

Texto:
Elis Facchini – Assessoria de Imprensa – Prefeitura Municipal de
Nova Trento