Origem das Localidades

Há muito tempo atrás, em Nova Trento, o primeiro professor do município, Francisco Mazzola, fez sua monografia acadêmica enfatizada na origem das localidades neotrentinas. Posteriormente, vários neotrentinos aplicaram seu estudo na busca de informações fiéis sobre certos locais. As localidades são marcadas pela religiosidade, concretizadas em igrejas e capelas, onde se encontram diversas obras sacras, muitas trazidas da Europa, no período inicial da colonização. Os artistas também deram sua contribuição para estas diversas capelas e igrejas, restaurando-as com dedicação.

Aguti: primeiro nome poderia ser Cotia, porém já existia tal denominação em São Paulo. Para nomear usaram o sinônimo de Cotia (roedor), que é Aguti.

Alto Alferes: prolongamento de Vígolo até as nascentes dos rios. Ali foram assentados alguns colonos franceses.

Alto Salto: a região mais alta do bairro de Baixo Salto. Era muito usada a denominação de Alto e Baixo na região de Trento – Itália.

Besenello: bairro que fica a 1700 metros do centro da cidade e foi colonizado por moradores vindos da região de Besenello, na Itália.

Bom Retiro: o próprio nome já diz.

Baixo Salto: é a região de São Roque até São Valentim.

Capivara: distante 38 quilômetros do centro. Nome dado devido aos animais da época. Foi colonizado por alemães.

Cancela: foi assim denominado devido ao número de porteiras que havia no trajeto.

Claraíba: primeiramente foi chamado de Dezesseis, porque era o quilômetro dezesseis para quem se deslocava de Brusque a Nova Trento. Posteriormente foi denominado Aliança. Na administração do prefeito Irineu Busnardo, teve seu nome alterado devido a lei do presidente Getúlio Vargas, onde não poderia haver repetição de nomes em cidades ou vilas. Em Pernambuco havia um município chamado Aliança. A localidade, então, passou a se chamar Claraíba, porque existia na época uma árvore silvestre com este nome. Hoje é um dos distritos com maioria dos seus descendentes alemães, como no início da colonização.

Corridas ou Conquista: distante 45 quilômetros do centro, é um bairro colonizado por poloneses e russos. Hoje, os poucos habitantes que residem no local são alemães. Em corridas havia engenheiros e pessoas que trabalhavam e faziam corridas a cavalo. Provavelmente o nome originou-se disto.

Espraiado: situa-se a quatro quilômetros do Centro. Por motivo de formação de diversas “praias” à beira do Rio Alferes, recebeu este nome.

Frederico: é possível que seja o nome de uma pessoa que lá residiu.

Indaiá: teve origem de uma fruta chamada Indaiá, que é proveniente de uma espécie de palmeira.

Lombardia: lá se estabeleceram família que vieram da região da Lombardia, Milão – Itália.

Lageado: devido à natureza do local, com muitas pedras.

Molha ou Ferreira Viana: distante 13 quilômetros do Centro, é assim chamado devido a um senador da época. Hoje residem apenas oito famílias, sendo que este local já foi povoado por mais de 40 famílias.

Morro da Onça: este nome foi assim denominado devido ao grande número de animais que existiam no local. Estão extintas há 70 anos.

Mato Queimado: também chamado de ribeirão São João.

Monte Barão: local mais alto do município, e foi denominado assim por homenagem ao Barão de Schnéeburg, primeiro diretor da Colônia Itajaí Príncipe Dom Pedro.

Oito Casas: foi assim denominado, porque lá se estabeleceram somente oito famílias, hoje residem apenas três. Localiza-se a 41 quilômetros do centro de Nova Trento. Foi colonizada por alemães.

Pitanga: este localidade foi chamada assim em homenagem ao ilustre senhor Olímpio Adolfo de Souza Pitanga., diretor da Colônia Itajaí Príncipe Dom Pedro, que assumiu o cargo em 1876.

Ponta Fina: no início havia somente um morador chamado Manoel Floriano da Silva. Antes da colonização o lugar ficou conhecido como Flor da Silva. Com o passar dos anos, algumas famílias subindo o curso do Rio do Braço, foram se fixando nas margens a partir da Ponta Fina, lugar conhecido na época como Flor da Silva

Reginaldo: distante 33 quilômetros do Centro. Recebeu este nome porque residia no local uma pessoas com este nome.

Ribeirão Bonito: distante 18 quilômetros do Centro. Em décadas passadas, já foi grande produtor de madeira, onde o baguaçu e a caxeta eram cerradas e feitas caixas para embalar tecidos. Devido a existência do rio que o próprio nome já diz.

Ribeirão da Velha: Lugarejo distante cinco quilômetros do Centro. Recebeu este nome devido a um ribeirão que desaba no Rio do Braço e lá residia uma pessoas idosa conhecida como “a velha”.

Ribeirão Bilu: talvez oriundo de Trento.

Ribeirão Mesquita: nome de um político daquela época. Também é conhecido por Ribeirão Chico.

Ribeirão Kreker: nome de uma pessoa. Morador que possuía uma extensão de terra na localidade.

São Valentim: nome trazido pelos colonizadores, pois na Itália também existe São Valentim. Fica a 12 quilômetros do Centro de Nova Trento.

Serraval: distante 25 quilômetros do Centro, seu primeiro nome foi Macacos, por haver grande número deste mamífero. O nome Serraval foi dado pelo Padre José Da Poian. É um nome italiano que significa Vale de Serra. O padre benzia as casas do local e o nome Macacos não lhe agradava.

Saudade Grande: prolongamento da comunidade de Pitanga.

Tirol: colonizada por imigrantes vindos do norte da Itália.

Trinta Réis: localiza-se a quatro quilômetros do Centro. É o bairro mais populoso da cidade. Quando ocorreu a colonização, existia neste lugar uma lagoa onde havia grande quantidade de peixes. É possível que o nome Trinta Réis seja derivado de uma ave marítima da família dos Larídeos (tipo de gaivota) que lá aparecia em busca de comida, pois a ave alimentava-se de peixes.

Trombudo: é uma das localidades mais sinuosas do município, distante 45 quilômetros do Centro. Leva este nome talvez devido aos morros.

Valsugana: distante 25 quilômetros do Centro. Colonizada por imigrantes vindos da região que tem a mesma denominação da Província de Trento. Na época da colonização havia poloneses e russos.

Vasca: é assim chamado por ser um local de águas que se precipitam. Nesta localidade, encontra-se a captação para as estações de tratamento de água (SAMAE) que abastece toda a cidade.

Vígolo: colonizada por imigrantes vindos da região de Vígolo Vattaro, Trento – Itália.

Veado: provavelmente pela existência de animais na época.

Arquivo sr. Irineu Busnardo