Secretaria de Agricultura e Epagri divulgam orientações sobre caramujos gigantes africanos

Dicas de controle também são informadas pelos órgãos

 

A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), iniciou nesta semana uma ação de vigilância do Caramujo Gigante Africano (Achatina fulica) em Nova Trento. Por isso, os órgãos divulgam medidas de controle e orientações sobre o caramujo, para que a população saiba identificar e lidar com o molusco, considerado uma praga agrícola. 

 

De acordo com o extensionista rural da Epagri, Victor Alisson Gomes, este caramujo é considerado uma praga agrícola com risco à saúde humana. “Esta praga é um hospedeiro de parasitas que podem causar meningite, onde a pessoa infectada pode sofrer degeneração do sistema nervoso, causando inclusive a morte”, destacou. 

 

Além disso, a eliminação incorreta do animal pode resultar em outros tipos de problemas, como a proliferação de mosquitos e do Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. 

 

Em caso de dúvidas entrar em contato com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente pelo contato (48) 3267-3280 e com a Epagri pelo celular (48) 99185-1990. Confira abaixo orientações de identificação e como eliminar o Caramujo Gigante Africano de forma correta. 

 

Identificação

 

A importância da correta identificação se faz necessário, pois no Brasil existem caramujos nativos, que não ocasionam riscos agrícolas e nem riscos à saúde, e estes devem ser preservados.

 

A Epagri orienta ainda que não se deve pegar os caramujos diretamente com as mãos, sem o uso de luvas descartáveis, pois a contaminação se dá através do muco destes animais. 

 

Jamais deve ser consumido, pois também pode ocorrer contaminação. Em caso de dúvida sobre qual tipo de caramujo encontrado, entrar em contato com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente para que possa ser feita a correta identificação.

 

Hábitos

 

O Caramujo Gigante Africano possui hábitos noturnos e é um animal que gosta de umidade e altas temperaturas. Ele vive debaixo de entulhos e restos de vegetação durante o dia e sai à noite para se alimentar e se reproduzir. O animal costuma colocar até 400 ovos que ficam enterrados no solo até o nascimento. Eles se alimentam de restos vegetais, de frutas, verduras e restos de alimentos em geral.

 

Controle

 

Para evitar a proliferação desta praga, solicita-se aos proprietários de terrenos que mantenham os lotes sempre limpos, roçados e sem entulhos. Existem métodos mecânicos, químicos e biológicos para o controle do caramujo, devendo o controle químico ser sempre a última alternativa para o controle, pois o defensivo usado pode afetar os caramujos nativos, pássaros e animais domésticos.

Uma forma mecânica de controle é atrair o caramujo para um local específico molhando um tecido com cerveja ou leite no início da noite, e deixar o pano úmido nos locais de ocorrência, o caramujo será atraído pelo cheiro para o local onde foi deixado o pano. Desta forma seria fácil a captura e eliminação dos animais adultos.

 

Outra forma de controle ocorre por meio do controle biológico, ou seja, utilização de outro animal para controlar o caramujo, que no caso seria a utilização de patos, quando possível, pois eles também se alimentam de caramujos.

 

ATENÇÃO: Não se recomenda controle utilizando sal, pois além de prejudicar o solo os animais mortos (conchas) vão servir de criadouros para mosquitos ou para moscas.