Vigilância Epidemiológica divulga Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase

Desde 1954, comemora-se em todo o mundo o “Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase”, no último domingo do mês de Janeiro, neste ano no dia 27. A data foi criada com a finalidade de se chamar a atenção do mundo para o problema da Hanseníase, popularmente conhecida, no passado, como “Lepra”. Em Nova Trento, já foram notificados dois casos no ano 2011. Por isso, a Vigilância Epidemiológica divulga o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase e esclarece a população sobre esta doença, que continua a ser um grave problema de saúde pública, pois a porcentagem de casos com algum grau de incapacidade física ou deformações é considerada alta.

“Recebemos pessoas, oriundas de outros Estados, que chegam aqui com a doença e precisam de atendimento específico. Hoje não temos nenhum paciente notificado, mas caso surjam casos, temos tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde”, esclarece a Enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Gabriela Lemos.

O Brasil ocupa o 2º lugar no mundo em detecção de casos de Hanseníase. A Hanseníase não é hereditária. É uma doença que tem tratamento e tem cura. Ela atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz, podendo causar deformidades físicas. O tempo entre contágio e o aparecimento dos sintomas é longo. Pode variar de dois a 10 anos. Mas, isso pode ser evitado com o diagnóstico precoce.


Como se transmite a Hanseníase?

Esta é transmitida pelas vias respiratórias: tosse ou espirro. A principal fonte de transmissão da doenças é a pessoa doente, que ainda não recebeu tratamento medicamentoso. A Hanseníase não se passa por abraço, aperto de mão e carinho. Em casa ou no trabalho, não é necessário separar as roupas, os pratos, os talheres e os copos.


Como detectar a doença?

  • Olhe para o corpo e procure observar, nos braços e nas mãos, nas pernas e pés, no rosto, nas orelhas, nas costas, nas nádegas, os sinais e sintomas da doença;

  • Uma ou mais manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato;

  • Caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos;

  • Engrossamento do nervo que passa no cotovelo, levando à perda da sensibilidade e/ou diminuição da força do 5º dedo;

  • Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés;

  • Áreas com diminuição dos pêlos e do suor.


Tratamento

O tratamento da Hanseníase pode durar de 6 a 12 meses, se seguido corretamente. Os comprimidos devem ser tomados todos os dias, em casa, e uma vez por mês no serviço de saúde. Também fazem parte do tratamento de Hanseníase os exercícios para prevenir as incapacidades e deformidades físicas. As pessoas atingidas que apresentam mãos, pés e olhos insensíveis ou com atrofias devem adotar medidas e cuidados especiais no seu dia-a-dia. Aquelas que moram com alguém que recebeu o diagnóstico de Hanseníase devem ser examinadas nos serviços de saúde e orientadas para reconhecer os sinais e sintomas da doença.



Texto: Elis Facchini – Assessoria de Imprensa – Prefeitura Municipal de Nova Trento

Foto: Divulgação