FCEE divulga reportagem sobre funcionárias da Secretaria Municipal de Educação e Esportes
A Assessoria de Imprensa da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) divulgou esta semana uma reportagem sobre o curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras). A Supervisora de Educação Especial, Graciela Daros Piffer e a professora, Giovana Cadorin foram entrevistadas pela Fundação, cuja reportagem repercutiu na Internet e em outros veículos de comunicação. Acompanhe abaixo o texto divulgado com as entrevistas.
Por curso de Libras, alunas percorrem longa distância
“A viagem é longa, mas o esforço é recompensado”. É com este pensamento que cinco alunas de um curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) de 220 horas, oferecido gratuitamente pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Enquanto duas delas viajam 70 km, de Garopaba (no sul do estado) a São José, outras três percorrem de automóvel a distância de 80 km, de Nova Trento ao mesmo destino.
Sônia Gonçalves, Vera Lúcia Lorensi, Graciela Daros Piffer, Giovana Cadorin e Grasiela Maria L. viajam pelo menos cinco horas por semana, entre suas cidades de origem até o campus da FCEE.
“Participar do curso é uma necessidade, já que temos em nossa escola uma aluna de sete anos com surdez”, diz Sônia, que é pedagoga e diretora de escola de Garopaba. Para melhorar o atendimento às crianças surdas, “vale o esforço” de viajar duas vezes por semana da cidade onde reside até São José, reforça Vera Lúcia Lorensi, que a exemplo de Sônia, é também diretora de escola na mesma cidade, onde atende outra criança com surdez. Ambas frequentam o curso no período vespertino.
Itinerário distinto, mas do mesmo modo longo, é o da supervisora de ensino Graciela e da professora Giovana, que percorrem um o trajeto entre Nova Trento e São José. “É cansativo [viajar], mas vale muito a pena”, diz Giovana, ao avaliar a importância de assistir aulas com professores e profissionais qualificados. Matriculadas no curso noturno, as duas avaliam a dificuldade de locomoção como um desafio e pela necessidade profissional. “Há falta de profissionais de Libras em nossa cidade”, testemunha Graciela.
As quatro, ouvidas pela reportagem, integram um conjunto de 50 pessoas matrículas em diferentes cursos de Libras (básico, intermediário e avançado), iniciado no dia 18 de abril e ministrado pelo instrutor de Libras João Paulo Ampessan e pelo intérprete Marcos Luchi. Programado até 13 de dezembro deste ano, o curso tem – incluídas as 220 horas – aula presencial 162 horas e a atividades, pesquisa e trabalhos em casa, 58 horas. “É interessante observar que estamos oferecendo cursos mais prolongados, com carga horária completa”, disse a coordenadora do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento as Pessoas com Surdez (CAS), Patrícia Amaral, ao explicar que há um tempo a oferta era com tempo mais curto. “A mudança, com mais tempo de curso, faz com que os alunos adquiram e saiam com mais formação e conhecimento para se comunicarem com os surdos”, acrescentou.
Além do curso de 220 horas, a FCEE ainda oferece um curso de 60 horas e ministrado pela professora Instrutora de Libras, Jaqueline Boldo. O objetivo deste e do curso de 220 horas é difundir o uso da Língua Brasileira de Sinais para a comunicação e contato com os fundamentos de aprendizagem na educação escolar dos surdos, ensinando profissionais da área da surdez, favorecendo a comunicação e desempenho das atividades pedagógicas com alunos surdos, garantindo assim o respeito à diferença e à diversidade sócio-cultural.
Assessoria de Imprensa – FCEE