Empresários neotrentinos mostram-se dispostos a apoiar projeto de Indicação Geográfica

Empresários neotrentinos do ramo da vitivinicultura, juntamente com produtores de mel reuniram-se na Pousada e Cantina Italiana, nesta terça-feira (24) a convite da Prefeitura Municipal de Nova Trento, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Nesta oportunidade, participaram autoridades de diversos segmentos políticos, comerciais e sociais para tratar do projeto de Indicação Geográfica, que planeja alavancar a economia com a divulgação de um ou mais produtos de Nova Trento, como por exemplo, o queijo, o vinho ou o suco de uva, tornando-se assim referência para o Estado e também para o país.

A reunião contou com a participação do Prefeito Municipal de Nova Trento, Orivan Jarbas Orsi, Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Nova Trento, Eluísio Antonio Voltolini, dirigentes da Epagri de Nova Trento, Acioni Vicente e João Luiz Simão Filho, produtores e empresários da Vitivinicultura, Alcides Wolff, Laerci Girola, Alécio Battisti e Valentim Casett, e do produtor de mel, Otimar Marchi. Dos diversos segmentos envolvidos no projeto de Indicação Geográfica estavam representantes da Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além do Diretor de Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Dalton Silva Ribeiro, entre outros envolvidos.

Neste primeiro contato, as pessoas diretamente envolvidas com o projeto de Indicação Geográfica fizeram questão de ressaltar os pontos positivos que Nova Trento já tem e pode ganhar ainda mais destaque: o Turismo Religioso, a cultura italiana tão evidente e a culinária típica, só encontrada aqui. “O projeto traz oportunidade muito grande de desenvolver ainda mais o turismo rural. Necessitamos apenas da união de todos os produtores, seja de suco, vinho, queijo ou mel”, ressaltou a professora da disciplina de Direito Internacional e do Mestrado em Desenvolvimento Regional da FURB, Patrícia Luiza Kegel.

O Prefeito Municipal de Nova Trento explanou sobre os principais dados econômicos do municípios e sobre as pesquisas turísticas realizadas recentemente no município. “O que mais nos preocupa hoje é fazer com que o turista permaneça mais tempo na cidade, fazendo com que consuma mais produtos e circule nos outros pontos turísticos. Vejo o projeto Indicação Geográfica como mais uma oportunidade para o desenvolvimento do nosso município e região”, assinalou Orivan Jarbas Orsi.

Para Luiz Otávio Pimental, do Programa de Pós-graduação em Direito da UFSC, o projeto de Indicação Geográfica fará com que um produto ou serviço ganhe destaque, podendo este fazer parte de uma cultura, uma tradição. “Hoje o Brasil tem 15 indicações geográficas, sendo apenas uma de Santa Catarina. Nova Trento tem todas as condições para ter também a sua indicação geográfica. Exemplos não faltam com a produção de queijo e vinho, no qual podem ser explorados novos atrativos para o turista, com a colheita da uva (in loco), a visitação de locais onde há produção de queijo e vinho, entre outras estratégias”, afirmou.


Apoio dos empresários locais

Os produtores de vinho e sucos de uva, além do produtor de mel de Nova Trento mostraram-se dispostos a apoiar o projeto. Alécio Battisti ressaltou que um dos produtos que tem ganhado amplo destaque é o suco de uva, sendo atualmente uma referência. “Penso que o suco de uva pode fazer parte do projeto de indicação geográfica. É um produto natural, feito em Nova Trento e que tem sido muito elogiado”, frisou.

Para tanto, novas reuniões sobre o projeto serão agendadas em Nova Trento, no qual serão envolvidos diversos profissionais das áreas de economia, agronomia, entre outros especialistas. “Para que este projeto dê certo, são necessários três passos: primeiro, o envolvimento e apoio dos produtores; segundo a disponibilidade do poder público em se envolver com o projeto; e, em terceiro lugar, o treinamento/ capacitação diante das regras técnicas”, explicou a professora da disciplina de Direito Internacional e do Mestrado em Desenvolvimento Regional da FURB, Patrícia Luiza Kegel.

Para o Advogado, Miguel Luciano da Silva, também envolvido com o projeto, a Indicação Geográfica só dá certo quando existe o desejo de crescer em parceria, com o associativismo. “Cada produtor tem o seu diferencial no mercado. Há que se pensar de que maneira o produtor pode agregar ainda mais valor ao que é oferecido, mas pensando de forma coletiva. Sem comprometimento, não funciona”, explanou.

O Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Nova Trento destacou que não tem dúvidas do potencial do município nesta questão. “Será um atrativo a mais para quem visita nossa cidade, motivo pelo qual a Secretaria está envolvida e organizou a vinda da equipe de Professores na elaboração do projeto a Nova Trento”, confirmou Eluísio Antonio Voltolini.

Novas reuniões serão agendadas em breve para tratar do tema, especialmente com os produtores de vinho, sucos de uva, queijo e mel. Entre os principais parceiros deste projeto estão PPGD/UFSC, PPGEGC/UFSC, IF-SC, FURB, os municípios do vale, AMMVI, CIMVI, representantes dos meios sociais e produtivos. Entre os órgãos de fomento, estão MAPA, FAPESC, CNPQ, FINEP, Municípios, Estado, entre outros.


Texto e foto: Elis Facchini – Assessoria de Imprensa – Prefeitura Municipal de Nova Trento