Autoridades debatem situação da saúde do Vale do Rio Tijucas
Uma audiência pública, na última sexta-feira, 2 de setembro, no auditório da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Tijucas, reuniu membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, liderada pelos deputados Dado Cherem e Volnei Morastoni. A reunião também contou com a presença dos prefeitos do Vale do Rio Tijucas – Nova Trento, São João Batista, Major Gercino e Tijucas, além de vereadores e secretários municipais de saúde. Nesta oportunidade, as autoridades debateram a situação da saúde do Vale e propuseram o sistema “vocacionado” dos hospitais, ao criar especialidades em cada cidade da região.
Segundo o presidente da Ahesc-Fehoesc – Federação dos Hospitais de Santa Catarina, Braz Vieira, “o fortalecimento dos hospitais do interior é o remédio para a 'ambulânciaterapia'”. Segundo ele, além dos investimentos na atenção básica (UPAs e PSFs), é preciso com urgência vocacionar os hospitais, envolver os empresários na administração hospitalar e adotar a gestão profissional, através das organizações sociais. Foi unânime a opinião das autoridades de que a região, hoje, depende muito dos atendimentos na capital do Estado, e a situação se agrava devido ao deslocamento.
Por isso, em reunião, as autoridades sugeriram que o Hospital São José, de Tijucas, terá a traumatologia como referência, devido a proximidade com a BR-101 e a SC-411. Para isso será necessário implantar um centro de diagnóstico e cirurgia que comporte a demanda, além de uma UTI (Unidade Tratamento Intensivo) e a instalação de equipamentos necessários. Já o Hospital Monsenhor José Locks, de São João Batista, seria vocacionado para a alta complexidade em obstetrícia, e o Hospital Imaculada Conceição, de Nova Trento, para a psiquiatria, devido a toda estrutura que já foi implantada com antecedência.
O Prefeito Municipal de Nova Trento, Orivan Jarbas Orsi estava presente nesta audiência pública e falou sobre a questão de orçamento destinado à saúde. “Hoje a educação tem um orçamento próprio e forte, mas a saúde não. Temos que verificar melhor a situação do SUS – Sistema Único de Saúde. O problema não é só a falta de dinheiro, mas de gerir melhor o sistema”, afirmou Orsi.
Além disso, os chefes do poder executivo debateram sobre a Emenda 29 – que fixa percentuais mínimos a serem investidos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal – e ainda tramita no Congresso Nacional. De acordo com os prefeitos, hoje os municípios gastam bem mais que o determinado em lei e que a União hesita em fazê-lo.
Participaram também da audiência representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Federação dos Hospitais de Santa Catarina, da Sociedade Divina Providência, vereadores, secretários municipais de saúde, técnicos de saúde e direção do Hospital São José, de Tijucas. Todas as revindicações serão apresentadas ao Governador do Estado, Raimundo Colombo.
Texto: Elis Facchini – Assessoria de Imprensa – Prefeitura Municipal de Nova Trento
Crédito das fotos: Miriam Zomer