Sábado é o Dia D contra a paralisia infantil

Durante toda esta semana, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Trento percorreu diversas localidades do interior do município para vacinar todas as crianças, de zero a cinco anos, que precisam receber a segunda dose da vacina contra a poliomielite, ou paralisia infantil. Neste sábado, 19 de setembro, ocorre o Dia D da campanha de vacinação nos postos de saúde do Centro, Claraíba e Trinta Réis. As unidades atenderão das 8h às 17h, vacinando todas as crianças da faixa etária prevista.

De acordo com a responsável pela imunização no município, Clarinda Bottamedi Cipriani, na etapa anterior, cujo “Dia D” foi dia 20 de junho, mais de 100% das crianças foram imunizadas em Nova Trento. Vale lembrar que a vacina não tem contraindicação, e todas as crianças na faixa etária de zero a cinco anos devem receber a segunda dose da vacina. O Brasil não registra casos de paralisia infantil desde 1989, mas a vacina deve ser mantida. A doença é causada por uma infecção viral do polivírus, podendo se manifestar de forma moderada ou severa. Nos casos mais graves, pode levar à morte.

Mais de 400 mil crianças devem ser vacinadas contra a paralisia infantil em Santa Catarina. A Secretaria de Estado da Saúde distribuiu 700 mil doses de vacinas para todos os municípios catarinenses. Para os pais, a orientação é que levem a caderneta de vacinação de seus filhos, para atualização ou esclarecimento de dúvidas em relação ao calendário básico de vacinas. No Brasil, o objetivo é imunizar cerca de 14,7 milhões de crianças, o correspondente a 95% dos menores de cinco anos, em 115 mil postos de vacinação. Na primeira etapa da campanha, em junho, foram imunizadas 427.092 crianças em Santa Catarina, o equivalente a 99,84% da população nesta faixa etária. No Brasil, o índice foi de 95,7%.

A DOENÇA

A paralisia infantil é uma doença viral aguda, transmitida principalmente por contato direto, pessoa a pessoa. A boca é a porta de entrada do vírus, fazendo-se a transmissão pelas vias fecal-oral ou oral-oral, esta última através de gotículas de muco da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A poliomielite pode levar à morte em caso de paralisia severa. Em contrapartida, seu diagnóstico pode ser difícil já que, na maioria dos casos, os sintomas da infecção não são aparentes. A vacinação é a medida mais importante para a prevenção da doença.

CONTRA-INDICAÇÕES DA VACINA

Não há contra-indicações absolutas à administração da vacina oral contra a poliomielite, evitando-se, entretanto, a vacinação de crianças nas seguintes situações:

– Crianças com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina;

– Crianças que, no passado, tenham apresentado qualquer reação anormal a esta vacina;

– Crianças imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou de outra forma adquirida ou com deficiência imunológica congênita;

– Crianças portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38º C, diarreia e/ou vômito é recomendado o adiamento da vacinação;

– A vacina contra a poliomielite não deve ser administrada em crianças submetidas a tratamento com corticosteróide, antimetabólicos, radiação ou a qualquer terapia imunossupressora.

Dados: Secretaria de Estado da Saúde