Saúde na Praça deste sábado abordará ‘Setembro Amarelo’
Neste sábado, dia 16 de setembro, os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento por meio do Nasf – Núcleo de Apoio à Saúde da Família – levam à Praça Del Comune, no Centro, das 8h30 às 11h30, informações sobre a conscientização da prevenção ao suicídio, que tem com alerta este mês de setembro. Assim como nas edições anteriores, o Saúde na Praça deste sábado contará com a realização de testes hepatite, de glicemia e verificação de pressão arterial, além da distribuição de materiais informativos e a presença de uma psicóloga para esclarecer dúvidas à população.
De acordo com a psicóloga do Nasf, Camila Formento Melo dos Santos, o ‘Setembro Amarelo’ é uma campanha que tem o objetivo de alertar a população sobre a realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. “No Brasil ocorre no mês de setembro desde o ano de 2014, por meio de identificação de locais públicos pela cor amarela e divulgação de informações”, informa a psicóloga.
Ela acrescenta que a OMS – Organização Mundial de Saúde estima que ocorram, no Brasil, 12 mil suicídios por ano e no mundo, são mais de 800 mil ocorrências, isto é, uma morte por suicídio a cada 40 segundos, conforme o primeiro relatório mundial sobre o tema, divulgado pela OMS, em 2014. “É um assunto complexo, que se espelha em fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais e também culturais. Em geral, a vontade de acabar com a própria vida é provocada pela falta absoluta de perspectiva e uma enorme sensação de desamparo e angústia”, explica Camila.
Segundo a psicóloga, na maioria dos casos, é gerado por um quadro de transtorno mental. Como outros fatores, problemas familiares, doenças incapacitantes, degenerativas, luto, isolamento social. “O principal sentimento para alerta sobre o suicídio é a desesperança em relação a vida”, destaca.
É preciso falar sobre o assunto
De acordo com a Camila Formento Melo dos Santos, psicóloga do Nasf, falar sobre o assunto é necessário. “Algumas ideias sobre suicídio podem levar ao erro. Como por exemplo: Se eu perguntar sobre suicídio posso estar incentivando? Não! Na verdade fortalecerá o vínculo com a pessoa. Quem quer se matar não avisa! ou está ameaçando suicídio apenas para manipular? Pelo menos dois terços das pessoas que quiseram se matar haviam comunicado de alguma forma. Por isso a importância de falar sobre”, destaca Camila.
Sinais de risco
A psicóloga afirma que há alguns sinais que podem ser identificados por familiares e amigos como sendo de risco, auxiliando a prevenção, são eles: desinteresse pelas atividades que sempre foram prazerosas, sentimento de inutilidade, culpa e desesperança, cansaço extremo, irritabilidade, dificuldade de concentração e de tomar decisões e até mesmo falta de higiene com o próprio corpo são comportamentos de alerta. A pessoa tende também a achar que é um fardo para seus amigos e sua família.
Frases de alerta:
– Muitas coisas ruins passam na minha cabeça
– Minha vida não tem mais sentido
– Não aguento mais essa vida
– Queria dormir para sempre
– Queria fugir e nunca mais voltar
Importante!
Tanto as pessoas mais próximas como desconhecidos são capazes de acolher e mesmo encaminhar a pessoa suscetível ao tratamento com os profissionais adequados, com simples ações: escutar a pessoa atentamente; compreender o sentimento sem julgar; perguntar sobre o pensamento ou ideia existente; caso a pessoa tenha acesso a métodos suicidas remova-os imediatamente e oriente a pessoa buscar ajuda na unidade de saúde.
Texto: Marcia Peixe – Assessoria de Imprensa – Prefeitura Municipal de Nova Trento
*Com informações Camila Formento Melo dos Santos *