Campanha contra o Tabagismo retorna com a formação de grupo no Distrito de Agutí
A Prefeitura Municipal de Nova Trento, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento Comunitário oferece, desde 2009, grupos de apoio contra o tabagismo. A proposta é reduzir cada vez mais o número de fumantes no município e, assim, melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Até o início de 2012, os dados mostravam que 41% dos participantes dos grupos de apoio pararam totalmente de fumar. Para 2013, a Vigilância Epidemiológica do município quer realizar encontros no Distrito de Agutí, localizado a aproximadamente 40 quilômetros do centro de Nova Trento.
“Avaliamos a necessidade de iniciar um grupo onde existem grandes quantidade de agricultores fumantes, e também pela logística, pois sabemos das dificuldades que os moradores teriam em se deslocar ao centro da cidade para participar das sessões/atividades. Queremos abranger todo o município até o fim do ano, dando a oportunidade de todas as localidades fazerem parte desse projeto”, registra a Enfermeira da Vigilância Epidemiológica do município, Gabriela Santana Lemos.
Nesta quinta-feira, 31 de janeiro, foram realizadas as primeiras entrevistas com as pessoas do Distrito de Agutí interessadas em participar do projeto, que antecipadamente conversaram com as Agentes Comunitárias de Saúde. Estas entrevistas foram feitas pela Psicóloga, Ariany Maçaneiro da Silveira, que também integra o projeto, assim como a Psicóloga, Cibele Gonçalves Goulart, Fonoaudióloga, Feliciana Vinotti e Fisioterapeuta, Cristiane Trindade Siegle.
Grupos no Centro continuam
Além do Distrito de Agutí, as especialistas integrantes da Campanha contra o Tabagismo prosseguem as atividades no centro de Nova Trento. Em Janeiro, o grupo que está em andamento participou de mais uma sessão. O trabalho conta com palestras, orientações e entrega de medicamentos fornecidos pelo Programa Nacional de Combate ao Tabagismo (INCA). “A finalidade é dar um apoio/suporte para os participantes, aumentando a eficiência do trabalho realizado pela equipe, juntamento com o grupo”, destaca a Enfermeira, Gabriela.
Os participantes do centro, mostraram resultados acima do esperado, desde a primeira sessão realizada no fim de 2012. Já no segundo encontro, 22% haviam parado de fumar. O número aumentou para 55% na terceira sessão. “No término do grupo, obtivemos um sucesso de 66% na parada do uso do tabaco pelos participantes”, comemora a responsável pela Vigilância Epidemiológica.
Novos grupos devem ser formados, periodicamente. Os interessados podem entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica, que funciona na Unidade Sanitária Madre Paulina, no Centro de Nova Trento. Nestes encontros realizados pelas especialistas mensalmente, são apresentadas alternativas para parar de fumar, como ocupar-se, fazer atividade física, beber muito líquido, entre outras recomendações.
Doenças associadas ao uso dos derivados do tabaco
São mais de 50 doenças relacionadas ao consumo do tabaco. O tabagismo está relacionado a:
– 25% das mortes causadas por doença coronariana – angina e infarto do miocárdio;
– 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos;
– 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
– 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;
– 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
– 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero);
– 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).
O tabagismo ainda pode causar:
– impotência sexual no homem;
– complicações na gravidez;
– aneurismas arteriais;
– úlcera do aparelho digestivo;
– infecções respiratórias,
Estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não-fumantes apresentam um risco:
– 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão;
– 5 vezes maior de sofrer infarto;
– 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar;
– 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
Benefícios do ex-fumante
– Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;
– Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue do ex-fumante;
– Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
– Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor;
– Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida;
– Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora;
– Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio já foi reduzido à metade;
– Após 5 a 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina
Texto e foto: Elis Facchini – Assessoria de Imprensa – Prefeitura Municipal de Nova Trento