Alunos do Distrito de Claraíba participam de uma manhã de estudos e vivência sobre deficiência visual
Desde o início do ano letivo, a Secretaria Municipal de Educação e Esportes de Nova Trento tomou conhecimento da matrícula de uma aluna com deficiência visual, na Escola de Ensino Fundamental João Bayer Sobrinho, Distrito de Claraíba. A partir de então, foram realizadas diversas adaptações no ambiente escolar. No início do ano, por exemplo, os professores da rede municipal participaram de um curso de Braille, com o professor Marcelo Lofi, da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Na semana passada, dia 17 de abril, a aluna com deficiência visual, Cibele Ferreira Hinz e toda a sua turma participaram de uma manhã de estudos e vivência sobre deficiência visual.
A proposta foi da Supervisora de Educação Especial, Graciela Darós Piffer e da Professora da Sala de Recursos Multifuncional, Giovana Cadorin, que sentiram a necessidade de chamar a atenção de todos os colegas de sala de aula de Cibele. “A professora regente da turma do 3º ano, Leticia Mafessoli reclamou que os alunos não tinham essa sensibilidade aguçada, quando a Cibele precisava fazer alguma atividade ou prova em sala de aula”, informou Graciela. O objetivo do trabalho foi ampliar os conhecimentos sobre a cegueira, conhecer o sistema de escrita Braille e os recursos tecnológicos, vivenciar atividades na condição de pessoas com deficiência visual, além de conscientizar os alunos de que todas as pessoas são diferentes, e que todas elas conseguem aprender e se desenvolver, independente da sua deficiência.
“Um dos momentos mais marcantes e mais aguardados foi a etapa final, onde os alunos puderam fazer várias perguntas à aluna Cibele. E ela respondeu sem nenhum constrangimento. Entre os questionamentos estavam: Se existe a possibilidade de um dia a Cibele poder enxergar; Se ela sabe quando é dia e quando é noite; Se ela pode se alimentar sozinha; Como ela fará para trabalhar quando crescer; entre outras perguntas”, afirmou a Supervisora de Educação Especial, Graciela Darós Piffer. Para as especialistas, o trabalho foi importante, pois contribuiu com a mudança de atitude dos alunos em sala de aula. “A professora refente já sentiu diferença após esta vivência. Durante uma prova, os alunos ficaram em silêncio, enquanto a professor aplicava a prova oral para a deficiente visual, Cibele”, conta Graciela.
Texto: Elis Facchini – Assessoria de Imprensa – Prefeitura Municipal de Nova Trento
Fotos: Secretaria Municipal de Educação e Esportes